sexta-feira, setembro 29, 2006

Enquadramento perfeito



Foto: Ricardo Teixeira

MAR DE ANGELA (SONIA ROSA)

















Foto: Manuela Pestana


(...)
Foi assim que descobri que nesse mar,
faça sol ou faça chuva,
mora uma pérola
guardada numa Ostra amada por muitos!
Que grande revelação!
Foi o melhor mergulho que fiz dentro do mar que mora
no azul do olhar de Angela!

Mas a minha grande alegria mesmo
é quando vejo essa linda pérola brilhar e encantar
dentro do azul do mar que mora
dentro do olhar de Angela.

Miguel













Peso: 2,955 g

Altura: 47,5 cm

Mãe: Rosana

Pai: Eduardo

Nasceu - às 23h e 30 min, do dia 26/09/06 - o Miguel, filho de Rosana e Eduardo, meus queridos amigos, irmãozinho da Maria Eduarda. Estou muito feliz!

terça-feira, setembro 12, 2006

CINEMA DE OURO PRETO - MG



















"DAS JANELAS DO TREM, COMO NAS PROJEÇÕES DO CINEMA, OBSERVA-SE A VIDA A PASSAR A 24 QUADROS POR SEGUNDO"

CASA DE RUBEM ALVES

Não gosto de colocar posts grandes no blog, porque acho cansativa a leitura na tela do computador, mas dessa vez não tive jeito, o material era bom, e precisei me segurar para não postar outros trechos. Lá vai:

"O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer. Para isso eu falo e escrevo: para que eles tenham coragem de nascer. Quero educar os educadores. E isso me dá grande prazer porque não existe coisa mais importante que educar. Pela educação o indivíduo se torna mais apto para viver: aprende a pensar e a resolver os problemas práticos da vida. Pela educação ele se torna mais sensível e mais rico interiormente, o que faz dele uma pessoa mais bonita, mais feliz e mais capaz de conviver com os outros. A maioria dos problemas da sociedade se resolveria se os indivíduos tivessem aprendido a pensar. Por não saber pensar tomamos as decisões políticas que não deveríamos tomar."

(...)

"Imagino que você, que procura minhas crônicas aos domingos, deve estar cansado. Pois este é o quinto domingo em que falo sobre a mesma coisa. Pessoas que falam sempre sobre as mesmas coisas são chatas. Além do que essa insistência em uma coisa só é contrária ao estilo de crônicas. Crônicas, para serem gostosas, devem refletir a imensa variedade da vida.

Um cronista é um fotógrafo. Ele fotografa com palavras. Crônicas são dádivas aos olhos. Ele deseja que os leitores vejam a mesma coisa que ele viu. Se normalmente não sou chato, deve haver alguma razão para essa insistência em fotografar uma mesma coisa. Quem fotografa um mesmo objeto repetidas vezes deve estar apaixonado. Comporta-se como os fotógrafos de modelos, clic, clic, clic, clic, clic...: dezenas, centenas de fotos, cada uma numa pose diferente! Um dos meus pintores favoritos é Monet. Pois ele fez essa coisa insólita: pintou um monte de feno muitas vezes. E o curioso é que ele nem mudou de lugar, não procurou ângulos diferentes. Ficou assentado no seu banquinho, cavalete no mesmo lugar, e foi pintando, pintando. Porque, na verdade, o que ele estava pintando não era o monte de feno, uma coisa banal, de gosto bovino. O que ele estava pintando era a luz. Ele só usou o monte de feno como espelho onde a luz aparecia refletida, não como uma coisa fixa, mas como uma coisa móvel. A série de telas do monte de feno bem que poderia chamar-se "Strip tease da luz": devagar, bem devagar, ela vai se desnudando...

Pois estou fazendo com as minhas crônicas o que Monet fez: ele, diante do monte de feno; eu, diante de uma pequena escola (ESCOLA DA PONTE) por que me apaixonei -- pois ela é a escola com que sempre sonhei sem ter sido capaz de desenhar."
"Quero fazer os poemas das coisas materiais,
pois imagino que esses hão de ser os poemas mais espirituais.
E farei os poemas do meu corpo
E do que há de mortal.
Pois acredito que eles me trarão
Os poemas da alma e da imortalidade."
E à raça humana eu digo:-Não seja curiosa a respeito de Deus,
pois eu sou curioso sobre todas as coisas
e não sou curioso a respeito de Deus.
Não há palavra capaz de dizer
Quanto eu me sinto em paz
Perante Deus e a morte.
Escuto e vejo Deus em todos os objetos,
Embora de Deus mesmo eu não entenda
Nem um pouquinho...
Ora, quem acha que um milagre alguma coisa demais?
Por mim, de nada sei que não sejam milagres...
Cada momento de luz ou de treva
É para mim um milagre,
Milagre cada polegada cúbica de espaço,
Cada metro quadrado de superfície
Da terra está cheio de milagres
E cada pedaço do seu interior
Está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
Os peixes nadando, as pedras,
O movimento das ondas,
Os navios que vão com homens dentro
- existirão milagres mais estranhos?"

(Walt Whitmann)

segunda-feira, setembro 11, 2006

A VIDA...
Quando se vê, já são seis horas !
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas...
Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo.
A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.

Mário Quintana

sexta-feira, setembro 01, 2006

O TEMPO E O VENTO

Larissa, Rafaela e eu estamos assistindo, há alguns dias, a minissérie "O tempo e o vento", em DVD. Estamos adorando! As meninas ficaram ansiosas para saber o que iria acontecer com Ana Terra e, agora, estão amando o Capitão Rodrigo Cambará, assim como a música que é o fundo das suas aparições, a cavalo, peleando.

"No fio de uma espada/viver valia nada/um certo Capitão Rodrigo/não guardava medo no seu coração."

Adorei ver Ana Terra fiando em sua roca, fazendo partos com aquela tesoura grande, preta - objetos que aparecem em toda a trama - e, em seguida, Bibiana, representando a 4ª geração da família Terra.

"O destino das mulheres da família Terra é fiar e chorar" (Bibiana)

Lembro da minha adolescência, quando lia e relia os volumes de O tempo e o Vento (Erico Verissimo), deitada na rede, em Iguaba.

Está sendo uma delícia poder dividir essas paixões com as minhas filhas. O próximo passo, daqui a alguns anos, será apresentar toda a coleção do Erico às duas. Torço para que a literatura esteja presente no caminho delas, como sempre esteve no meu.