“Tenho que falar, pois falar salva. Mas não tenho uma só palavra a dizer. As palavras já ditas me amordaçaram a boca. O que é que uma pessoa diz a outra? Fora “como vai?” Se desse a loucura da franqueza, que diriam as pessoas às outras? E o pior é o que se diria uma pessoa a si mesma, mas seria a salvação (...)”
“Quero hoje escrever qualquer coisa que seja tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas quero, de passagem, ter realmente tocado no monumento.”
“Saudade é como um pouco de fome. Só passa quando se come a presença, mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda.. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário