As palavras não são neutras. A linguagem metafórica conduz o homem pra além de si mesmo; ele se torna outro, livre no pensamento e na ação.
Segundo Michèle Petit (p. 71, 2008), em sua obra Os jovevns e a leitura, quanto mais formos capazes de nomear o que vivemos, mas aptos estaremos para vivê-lo e transformá-lo. Enquanto o oposto, a dificuldade de simbolizar, pode vir acompanhada de uma agressividade incontrolada. Quando se é privado de palavras para pensar sobre si mesmo, para expressar sua angústia, sua raiva, suas esperanças, só resta o corpo para falar: seja o corpo que grita com todos os seus sintomas, seja o enfrentamento violento de um corpo com outro, a passagem para o ato.
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