sábado, fevereiro 06, 2010

O CLUBE DO LIVRO


No aeroporto de Fortaleza, passeando pela "La Selva", descobri LUZIA DE MARIA e mais uma obra sobre a leitura. Comecei a degustá-lo no avião, rumo ao Rio de Janeiro e ao término das minhas férias...

SINOPSE:
"Em dezembro de 2006, o livro Sortilégios do avesso – Razão e loucura na literatura brasileira, levou Luzia de Maria a ser entrevistada por Jô Soares. Falaram deste e de outros livros seus, mas ela falou também de sua teimosa atuação na formação de leitores e daquela experiência dos anos 80. A ponte foi lançada e aqueles estudantes – agora, profissionais bem sucedidos, graduados em universidades públicas, com mestrados e doutorados – entraram em contato. Daquele encontro nasceu este livro. De forma inédita, ele relata a experiência e aponta os resultados: nele temos a visão do professor e também a dos alunos, hoje advogados, defensores públicos, engenheiros, dentistas, doutores em biologia, professores universitários e outros: 24 deles contam sua versão da história e avaliam o papel daquela leitura em suas vidas, do ponto de vista profissional e humano.

Com rara felicidade, no extenso primeiro capítulo, que ocupa metade do livro, Luzia de Maria traça um panorâmico retrato da leitura: como ela tem se tornado uma exigência deste século XXI; o seu caráter libertário e transformador; sua inegável contribuição na conquista da expressão oral e escrita; seu papel na vitalidade do cérebro; entre outros aspectos. Tudo isso com um diferencial que confere sabor e leveza ao texto – a autora ancora sua argumentação, não na pedagogia, mas na fala daqueles que ela considera os mais excepcionais leitores: os escritores.

Assim, podemos afirmar que este livro traz ainda um valor agregado: depois da convivência com Luzia de Maria e deste passeio pela obra daqueles escritores que ela elegeu como parceiros – Bernhard Schlink, Nélida Piñon, Moacyr Scliar, Mário Vargas Llosa, Italo Calvino, Todorov, Rosa Montero, Orhan Pamuk, Amós Oz, Carlos Fuentes e outros – nós, leitores, saímos de seu livro instigados pelo desejo de ler".

LEITURA DE FINAL DE FÉRIAS: AMEI!!!



"Quando, em Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado por El Rei D.Carlos a Vila Viçosa, não imaginava o que o futuro lhe reservava. Não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada na distante ilha de S. Tomé. Não esperava que o cargo de governador e a defesa da dignidade dos trabalhadores das roças o lançassem numa rede de conflitos de interesses com a metrópole. E não contava que a descoberta do amor lhe viesse a mudar a vida. É com esta história admiravelmente bem escrita, comovente e perturbadora que Miguel Sousa Tavares inaugura a sua incursão na escrita literária. EQUADOR foi o fruto de uma longa maturação e investigação histórica que inspirou um romance fascinante vivido num período complexo da história portuguesa, no início do século XX e últimos anos da Monarquia".

PEDRA FURADA - JERI


foto: André Carvalho

Jericoacoara

Fizemos uma viagem de 4h e 30min, de Aquiraz (município vizinho de Fortaleza) a Jeri. Chegamos mortos de fome e cansados. Almoçamos no restaurante da pousada Vila Kalango e fomos até o quarto, lindo, diferente - com uns mosquiteiros caindo do teto, as camas pareciam de princesa – e acolhedor. Apaguei. Ao despertar, saí da pousada exatamente ao por-do-sol, momento em que todas as pessoas resolvem subir a duna para observar, lá de cima e de frente para o mar, o astro rei ir se escondendo lentamente, dando lugar a um negro céu repleto de estrelas.
Fiquei extasiada com a beleza do lugar. Larissa, Rafaela e eu, deambulando pelas areias, encontramos rodas de capoeira (enquanto o André fazia o mesmo em outra direção, pois havia se recusado a descansar logo que chegamos e estava descobrindo Jeri há mais tempo...) e pessoas curtindo o anoitecer naquele lugar paradisíaco.
Fizemos passeios de bugre às lagoas do Paraíso e Tatajuba. Elas foram formadas pela água da chuva, são límpidas e deliciosas para o banho. Na Paraíso, saímos de jangada, sendo puxados Por ela, depois mergulhamos bem no meio. Redes, cervejas geladas, peixes e toda a espécie de frutos do mar.
À noite, encontramos Fagner na piscina da pousada e um amigo dele nos convidou para jantar. O cantor parecia o Zeca Pagodinho cearense, tomando várias geladas conosco e cantando “atirei o pau no gato”, em ritmo de rock, para as meninas.
Jeri parece uma cidade feita de areia. Não há outro tipo de calçamento. Os meios de locomoção a motor são o pau-de-arara, o bugre, o quadriciclo e os carros com tração 4X4, ou o risco de ficar atolado é grande.
O esporte radical praticado na praia do Preá é o Kite Surf, quando o surfista é puxado por uma grande “pipa” ao vento forte, enquanto se equilibra na prancha. Os praticantes desse esporte, geralmente, ficam hospedados no Rancho do Peixe e costumam ter seus corpos bastante tatuados, como se vestissem camisetas desenhadas em si mesmos.
Um fator desagradável de Jeri é a quantidade de moscas... Na minha opinião, é o único.
Vocês podem ver minhas fotos no seguinte endereço: http://www.flickr.com/photos/antidoto-chris/