Restaurante Orquídea à mineira – a pior opção em Niterói
No dia 21/10/2011, sexta-feira, estive pessoalmente no restaurante Orquídea à mineira, na Rua Mem de Sá, nº 8, Icaraí, onde fiz a reserva para 16 lugares, sendo que 8 destes na “mesa de vidro”, local reservado do restaurante, num mezanino decorado com orquídeas. Na mesma ocasião, encomendei uma torta sabor bombom, com a finalidade de comemorar o aniversário de 10 anos da minha filha, no dia 26/10/11 (quarta-feira), às 19h.
No dia 26, às 18h, o maitre do Orquídea, Sr. Robson, ligou para o meu celular dizendo que a minha mesa estava ocupada e que poderia me colocar em outro lugar, pois havia chegado um grupo às 17h e o restaurante não poderia perder os clientes. Respondi que se era assim que a casa funcionava, não deveria fazer reservas, pois quem trabalha seriamente não se comporta de tal forma. Disse que se não estivesse tão tarde, eu mudaria o local da comemoração, mas como isso não seria possível, fazia questão da “mesa de vidro” e que eles iriam ter problemas. Ainda assim, o maitre insistiu na impossibilidade de retirar o grupo do local.
Após 10 min., aproximadamente, liguei e falei com o gerente, o qual me informou que a mesa já estava vazia, à minha disposição.
Chegamos no horário combinado e tudo correu bem até o momento em que pedi a torta para cantarmos os parabéns. O garçom chegou com uma torta que eu achei diferente, mas não reclamei. Minha filha soprou as velas, furou o bolo com o indicador, comeu o bombom que o decorava, assim como um morango. De repente, o garçom retirou a torta e disse-me que aquela não era a minha, mas a da mesa de baixo e não poderia cortá-la. Informou, ainda, que não havia outra torta para a nossa família.
Fui falar com o gerente, mas este já havia saído para providenciar a torta, já perto das 23h e 30 min, com os convidados querendo ir embora.
Contei o ocorrido para as pessoas a quem iriam oferecer o mesmo bolo, já “lambido” pela minha filha, quando soube que, para elas, já era o terceiro problema da noite, pois foram retiradas da tal mesa, quando já iriam começar a comer.
Enquanto esperávamos, ofereceram-nos um “Lambrusco” (espumante barato) como um pedido de desculpas, para mim, risível, até que a torta finalmente chegasse e pudesse ser servida.
O momento de pagar a conta também foi problemático, pois juntaram duas comandas de pessoas diferentes na mesma nota, a qual teve que ser refeita, isso já por volta da meia-noite, com os clientes (consumidores) já bastante insatisfeitos.
Enfim, embora residindo na mesma rua do Orquídea, prometi ao gerente que jamais voltaria a colocar meus pés lá, pois o estabelecimento não trabalha com seriedade, é desorganizado e sem comprometimento com quem o frequenta.
adj. s.m. FARM 1 que ou o que combate os efeitos de uma toxina ou veneno (diz-se de substância, medicamento, soro). s.m. 2 p.ext. o que evita ou corrige (vício, defeito, estado de depressão psicológica, paixão etc.); corretivo, remédio. ETIM lat. antidôtum,i'id.', do gr. antidoton, ou 'id'. Dicionário Houaiss
quinta-feira, outubro 27, 2011
quinta-feira, outubro 06, 2011
Steve Jobs
06/10/2011
Confira frases marcantes de Steve Jobs, fundador da Apple
Famoso pela oratória, Jobs ajudou a definir rumos da tecnologia.
Confira as visões do empresário sobre a internet, o futuro, a vida e a morte.
Steve Jobs na apresentação do iPad 2
(Foto: Beck Diefenbach/Reuters)O legado de Steve Jobs vai além da Apple, da Pixar e dos produtos que ele ajudou a desenvolver. Famoso pela oratória, pela capacidade de síntese de ideias e pelo carisma em suas apresentações, Jobs deixa ainda uma coleção de afirmações polêmicas, frases visionárias e pensamentos que ajudaram a definir os rumos da tecnologia nos últimos anos. O G1 selecionou algumas das frases de Jobs. Confira:
Sobre a vida
“Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates” –Newsweek, 2001
“Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fizemos algo maravilhoso, isso importa para mim”–The Wall Street Journal, 1993
“Você quer passar o resto de sua vida vendendo água com açúcar ou quer ter a chance de mudar o mundo?”– em entrevista a John Sculley para o livro “Odyssey: Pepsi to Apple”
“Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores.Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado[ o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare" – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Você não pode conectar os pontos olhando para a frente; você só pode conectar os pontos olhando para trás. Assim, você precisa acreditar que os pontos irão se conectar de alguma maneira no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa – na sua coragem, no seu destino, na sua vida, no karma, em qualquer coisa. Este pensamento nunca me deixou na mão, e fez toda a diferença na minha vida.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Isto foi o mais perto que cheguei da morte e espero que seja o mais perto que eu chegue nas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso dizer agora com mais certeza do que quando a morte era apenas um conceito intelectual: nnguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para ir para lá. Ainda, a morte é um destino que todos nós compartilhamos. Ninguém conseguiu escapar dela. E assim é como deve ser porque a morte é talvez a melhor invenção da vida. É o agente que faz a vida mudar. É eliminar o velho para dar espaço para o novo. Neste momento, o novo são vocês, mas algum dia não tão longe, vocês gradualmente serão o velho e darão espaço para o novo. Desculpa eu ser tão dramático, mas é a verdade” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Seu tempo é limitado. Por isso, não perca tempo em viver a vida de outra pessoa. Não se prenda pelo dogma, que nada mais é do que viver pelos resultados das ideias de outras pessoas” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Tenha vontade, tenha juventude. Eu sempre desejei isso para mim. E agora, que vocês se formam para começar algo novo, eu desejo isso para vocês” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
Sobre tecnologia
“Eu acho que [a tecnologia] fez o mundo ficar mais próximo e continuará fazendo isso. Existem desvantagens para tudo e consequências inevitáveis para tudo. A peça mais corrosiva da tecnologia que eu já vi se chama televisão, mas novamente, a televisão, no seu melhor, é magnífica.” – Revista Rolling Stone, dezembro de 2003
“Nascemos, vivemos por um momento breve e morremos. Tem sido assim há muito tempo. A tecnologia não está mudando muito este cenário” – Revista Wired, fevereiro de 1996
“Se você é um carpinteiro e está fazendo um belo armário de gavetas, você não vai usar um pedaço de compensado na parte de trás porque as pessoas não o enxergarão, pois ele estará virado para a parede. Você sabe que está lá e, então, usará um pedaço de madeira bonito ali. Para você dormir bem à noite, a qualidade deve ser levada até o fim”— Revista Playboy, 1987
“O único problema da Microsoft é que eles não têm estilo. Eles não têm estilo nenhum. E não falo isso nas pequenas coisas, falo em tudo, no sentido de que eles não pensam em ideias originais e de que eles não levam cultura para os seus produtos – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996
Sobre o futuro
“Eu sempre estarei ligado à Apple. Espero que durante toda a minha vida o meu fio se cruze com o fio da Apple, como uma tapeçaria. Posso ficar afastado por algum tempo, mas eu sempre vou voltar.” – Revista Playboy dos Estados Unidos, fevereiro de 1985
“A principal razão para a maioria das pessoas comprarem um computador para suas casas será para se conectar a uma rede nacional de comunicações. Estamos apenas nos primeiros estágios do que será uma grande revolução para a maioria das pessoas – tão revolucionária quanto o telefone.” – Revista Playboy (edição americana), fevereiro de 1985
“A indústria do computador desktop está morta. A inovação virtualmente acabou. A Microsoft domina cada uma destas inovações. Isso acabou. A Apple perdeu. O mercado do PC desktop entrou em uma fase negra e ficará nela pelos próximos 10 anos ou até o final desta década” – Revista Wired, fevereiro de 1996
“Se eu tivesse largado esta única disciplina na faculdade [caligrafia], o Mac não teria diversas fontes e espaços proporcionais entre elas. E já que o Windows copiou o Mac, seria provável que nenhum outro computador tivesse a mesma coisa”. – discurso durante formatura em Stanford, 2005
Sobre a Apple
"Nunca tivemos vergonha de roubar grandes ideias” – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996
“Se eu estivesse liderando a Apple, eu apostaria tudo pelo Macintosh e depois me ocuparia com um próximo grande lançamento. A guerra do PC acabou, a Microsoft venceu há muito tempo” – Revista Fortune, 1996
“Estes produtos são um lixo. Não há mais sexo neles” – BusinessWeek, 1997
“Ninguém tentou nos engolir desde que eu estou aqui. Acho que eles têm medo de qual seria o nosso sabor” – reunião com acionistas, 1998
“Cara, a gente patenteou ele” (apresentando o iPhone) – Macworld, 2007
“Fizemos os botões na tela ficarem tão bons que você vai querer clicar neles” [sobre o Mac OS X] – Revista Fortune, janeiro de 2000
“Entrará para a história como uma grande mudança na indústria musical. Isso é histórico. Eu não posso subestimar isso” [sobre a loja virtual iTunes Music Store] – Revista Fortune, maio de 2003
“A cura para a Apple não está no corte de preços. A cura para a Apple está em inovar o meio de sair deste problema” – Apple Confidential: The Real Story of Apple Computer, 1999
“Eu não percebi isso na época, mas ter sido demitido da Apple foi a melhor coisa que aconteceu comigo. (...) Foi um remédio com gosto horrível, mas acho que o paciente precisava dele”. – discurso durante entrega de diploma de Stanford, 2005
(texto retirado do G1- O Globo)
Confira frases marcantes de Steve Jobs, fundador da Apple
Famoso pela oratória, Jobs ajudou a definir rumos da tecnologia.
Confira as visões do empresário sobre a internet, o futuro, a vida e a morte.
Steve Jobs na apresentação do iPad 2
(Foto: Beck Diefenbach/Reuters)O legado de Steve Jobs vai além da Apple, da Pixar e dos produtos que ele ajudou a desenvolver. Famoso pela oratória, pela capacidade de síntese de ideias e pelo carisma em suas apresentações, Jobs deixa ainda uma coleção de afirmações polêmicas, frases visionárias e pensamentos que ajudaram a definir os rumos da tecnologia nos últimos anos. O G1 selecionou algumas das frases de Jobs. Confira:
Sobre a vida
“Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates” –Newsweek, 2001
“Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fizemos algo maravilhoso, isso importa para mim”–The Wall Street Journal, 1993
“Você quer passar o resto de sua vida vendendo água com açúcar ou quer ter a chance de mudar o mundo?”– em entrevista a John Sculley para o livro “Odyssey: Pepsi to Apple”
“Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores.Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado[ o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare" – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Você não pode conectar os pontos olhando para a frente; você só pode conectar os pontos olhando para trás. Assim, você precisa acreditar que os pontos irão se conectar de alguma maneira no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa – na sua coragem, no seu destino, na sua vida, no karma, em qualquer coisa. Este pensamento nunca me deixou na mão, e fez toda a diferença na minha vida.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Isto foi o mais perto que cheguei da morte e espero que seja o mais perto que eu chegue nas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso dizer agora com mais certeza do que quando a morte era apenas um conceito intelectual: nnguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para ir para lá. Ainda, a morte é um destino que todos nós compartilhamos. Ninguém conseguiu escapar dela. E assim é como deve ser porque a morte é talvez a melhor invenção da vida. É o agente que faz a vida mudar. É eliminar o velho para dar espaço para o novo. Neste momento, o novo são vocês, mas algum dia não tão longe, vocês gradualmente serão o velho e darão espaço para o novo. Desculpa eu ser tão dramático, mas é a verdade” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Seu tempo é limitado. Por isso, não perca tempo em viver a vida de outra pessoa. Não se prenda pelo dogma, que nada mais é do que viver pelos resultados das ideias de outras pessoas” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
“Tenha vontade, tenha juventude. Eu sempre desejei isso para mim. E agora, que vocês se formam para começar algo novo, eu desejo isso para vocês” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
Sobre tecnologia
“Eu acho que [a tecnologia] fez o mundo ficar mais próximo e continuará fazendo isso. Existem desvantagens para tudo e consequências inevitáveis para tudo. A peça mais corrosiva da tecnologia que eu já vi se chama televisão, mas novamente, a televisão, no seu melhor, é magnífica.” – Revista Rolling Stone, dezembro de 2003
“Nascemos, vivemos por um momento breve e morremos. Tem sido assim há muito tempo. A tecnologia não está mudando muito este cenário” – Revista Wired, fevereiro de 1996
“Se você é um carpinteiro e está fazendo um belo armário de gavetas, você não vai usar um pedaço de compensado na parte de trás porque as pessoas não o enxergarão, pois ele estará virado para a parede. Você sabe que está lá e, então, usará um pedaço de madeira bonito ali. Para você dormir bem à noite, a qualidade deve ser levada até o fim”— Revista Playboy, 1987
“O único problema da Microsoft é que eles não têm estilo. Eles não têm estilo nenhum. E não falo isso nas pequenas coisas, falo em tudo, no sentido de que eles não pensam em ideias originais e de que eles não levam cultura para os seus produtos – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996
Sobre o futuro
“Eu sempre estarei ligado à Apple. Espero que durante toda a minha vida o meu fio se cruze com o fio da Apple, como uma tapeçaria. Posso ficar afastado por algum tempo, mas eu sempre vou voltar.” – Revista Playboy dos Estados Unidos, fevereiro de 1985
“A principal razão para a maioria das pessoas comprarem um computador para suas casas será para se conectar a uma rede nacional de comunicações. Estamos apenas nos primeiros estágios do que será uma grande revolução para a maioria das pessoas – tão revolucionária quanto o telefone.” – Revista Playboy (edição americana), fevereiro de 1985
“A indústria do computador desktop está morta. A inovação virtualmente acabou. A Microsoft domina cada uma destas inovações. Isso acabou. A Apple perdeu. O mercado do PC desktop entrou em uma fase negra e ficará nela pelos próximos 10 anos ou até o final desta década” – Revista Wired, fevereiro de 1996
“Se eu tivesse largado esta única disciplina na faculdade [caligrafia], o Mac não teria diversas fontes e espaços proporcionais entre elas. E já que o Windows copiou o Mac, seria provável que nenhum outro computador tivesse a mesma coisa”. – discurso durante formatura em Stanford, 2005
Sobre a Apple
"Nunca tivemos vergonha de roubar grandes ideias” – Documentário ‘Triumph of the Nerds’, 1996
“Se eu estivesse liderando a Apple, eu apostaria tudo pelo Macintosh e depois me ocuparia com um próximo grande lançamento. A guerra do PC acabou, a Microsoft venceu há muito tempo” – Revista Fortune, 1996
“Estes produtos são um lixo. Não há mais sexo neles” – BusinessWeek, 1997
“Ninguém tentou nos engolir desde que eu estou aqui. Acho que eles têm medo de qual seria o nosso sabor” – reunião com acionistas, 1998
“Cara, a gente patenteou ele” (apresentando o iPhone) – Macworld, 2007
“Fizemos os botões na tela ficarem tão bons que você vai querer clicar neles” [sobre o Mac OS X] – Revista Fortune, janeiro de 2000
“Entrará para a história como uma grande mudança na indústria musical. Isso é histórico. Eu não posso subestimar isso” [sobre a loja virtual iTunes Music Store] – Revista Fortune, maio de 2003
“A cura para a Apple não está no corte de preços. A cura para a Apple está em inovar o meio de sair deste problema” – Apple Confidential: The Real Story of Apple Computer, 1999
“Eu não percebi isso na época, mas ter sido demitido da Apple foi a melhor coisa que aconteceu comigo. (...) Foi um remédio com gosto horrível, mas acho que o paciente precisava dele”. – discurso durante entrega de diploma de Stanford, 2005
(texto retirado do G1- O Globo)
segunda-feira, setembro 26, 2011
FACES
Livia na web
Aliteratura é não o lugar do saber, mas da ignorância. Não é o lugar do sucesso, mas do fracasso. Por isso ela incomoda tanto. Por isso parece tão extemporânea. Recolho essas ideias, breves, mas potentes, em “Faces” (Record), novo livro de Livia Garcia-Roza. Estranho livro (outro incômodo), fruto de outro lugar que atiça, mas também incomoda a tantos escritores: a internet.
O surgimento da internet promoveu uma asfixiante proliferação de novos escritos e de novas assinaturas literárias, que vieram agitar o cenário antes introspectivo e discreto da literatura. Os textos reunidos em “Faces” (o nome já sugere isso) foram escritos, originalmente, para o Facebook, durante os anos de 2009 e 2010. Trata-se, como diz Livia, de “uma literatura no estilo Web 2.0”. Ideia que, por certo, arrepiará os escritores mais clássicos.
São textos curtíssimos — comprimidos no limite cruel de 420 caracteres que a rede impõe. Exercícios de concisão, eles espremem as palavras até lhes arrancar algumas gotas da alma. Lembram os minicontos, hoje tão em moda, e também os milenares hai-kais. É do pouco, muito pouco, que Livia tira sua escrita. O que dá razão a uma de suas reflexões. “Escrever, muitas vezes, é um viver”.
A internet empurra a palavra pela garganta da vida. Caracteriza-se por textos escritos no calor da hora e, por isso mesmo, em estado de grande risco. A lentidão, a reflexão, a meditação silenciosa de cada frase — armas preciosas do escritor tradicional — ficam alijadas. É escrever, ou escrever, agora e já, exatamente como vivemos.
A parte mais preciosa de “Faces” se destina a uma reflexão seca, mas cortante, a respeito da própria literatura. Há, nesse sentido, uma ideia chave: “A função da literatura não é persuadir, mas provocar”. Os posts que Livia agora transporta para um livro disparam delicados choques em seu leitor. São como relâmpagos, breves, mas contundentes, que nos conectam a pensamentos encapsulados em ríspidas linhas. À distância, assemelham-se a uma luz que morre. Mas é dos pequenos acontecimentos que Livia arranca o sangue do mundo.
“Se é literatura”, diz Livia — e é literatura sim —, “é subversiva”. Acredita a escritora que a prosa é, além de ato, e não ofício, uma experiência mundana. É no contato bruto com o mundo, sem nenhuma pretensão de se tornar espelho, ou lei, que ela se fertiliza e se qualifica. “Faces” prova, aos que ainda duvidam, que a literatura está muito além dos meios que a veiculam — livros, blogs, ou o que seja. A web não matou a literatura. O livro digital não a matará. Diz Livia, com firmeza: “O lugar da literatura está além do lugar do escritor”. Não importa se ele trabalha em uma biblioteca, ou em uma lan house: importa que escreva, e que sustente sua escrita.
Em pleno século XXI, são muitas as ilusões que ainda cultivamos a respeito da palavra. Uma das mais graves: a de que o homem a inventou. Afirma Livia: “A linguagem não surgiu no homem; o homem surge com a linguagem”. Escreve-se, ela nos diz, de um lugar desconhecido e para desconhecidos. Não interessa saber se o escritor trabalha no Facebook, ou em uma enciclopédia; interessa saber se a palavra continua a ser subversiva, isto é, se ainda pode deslocar nossas certezas e divisar novos horizontes. Se for só repetição, ela pode até abrigar-se em capa dura e papel-bíblia, mas literatura não será.
Até porque a literatura, a rigor, não está nos livros, ou nas páginas da web, mas ocupa um lugar imaginário entre eles e o leitor. Recordo aqui de Vilém Flusser, o filósofo tcheco-brasileiro, que estou sempre a ler. Dizia Flusser que a literatura não está no texto, tampouco no leitor, mas no entrecruzamento entre eles. Para usar a imagem de um bordado: o texto seria a trama, isto é, o conjunto de fios passados no sentido transversal do tear, entre os fios da urdidura. Já a urdidura — conjunto de fios dispostos no tear paralelamente a seu comprimento, e por entre os quais passam os fios da trama — seria o leitor. Se você puxa o fio da trama, ela se desfaz, e literatura já não há. Mas se repuxa o fio da urdidura e arranca de cena o leitor, literatura não há também.
Em consequência, pouco importa saber se o escritor trabalha em um caderno, ou em uma tela de computador. Se está sozinho, ou online. Pouco importa, ainda, saber onde está o leitor, ou mesmo quem ele é. “Há tantos sentidos para um texto quanto forem as pessoas que o lerem”, diz Livia. “É a isso que se chama riqueza literária”. Talvez se possa dizer de modo ainda mais frontal: a isso se chama literatura.
“Faces” é, por isso mesmo, um exercício de deslocamento. Consagrada com livros como “Milamor”, de 2009, e “O sonho de Matilde”, de 2010, Livia Garcia-Roza sabe que a experiência no Facebook não coloca sua literatura em risco. Até porque literatura sem risco literatura não é. A troca do suporte não afeta um texto, que é sempre indiferente à matéria. A relação da escrita com o mundo não é de obrigação, ou de dívida: é de provocação. Resume Livia: “Escrever é rondar-se”.
“Faces” reúne também minitextos dedicados às crianças, à família, ao cotidiano e à psicanálise. E ainda algumas “pensatas” — em que a escritora prolonga suas reflexões a respeito da escrita. “A frase não traz com ela o sentido. O sentido é dado por quem escuta”, diz. E mais: “Sem escutar, não há palavra”. Destaca Livia, aqui, o papel do silêncio — esse grande deserto que nos obriga a procurar pelo outro. Ela mesma afirma: “A palavra não esgota a significação; há sempre o silêncio que contém a verdade”.
Mas, após o silêncio, surge sempre o momento do retorno ao dizer. Na seção “psicanálise”, Livia nos traz um brevíssimo relato que aponta seu caráter escorregadio, mas, por isso mesmo, perturbador. Deitada no divã em pose provocante, uma atriz pergunta a seu psicanalista: “O senhor já me viu representar?” Com duas palavras cortantes, o analista inverte a pergunta e não a poupa: “Fora daqui?” A palavra está sempre fora do lugar e, o mais assustador, está sempre fora da própria palavra. É nesse exílio que o escritor deve se acostumar a viver.
Email: josegcastello@gmail.com. Leia mais textos do colunista em www.oglobo.com.br/blogs/literatura
Aliteratura é não o lugar do saber, mas da ignorância. Não é o lugar do sucesso, mas do fracasso. Por isso ela incomoda tanto. Por isso parece tão extemporânea. Recolho essas ideias, breves, mas potentes, em “Faces” (Record), novo livro de Livia Garcia-Roza. Estranho livro (outro incômodo), fruto de outro lugar que atiça, mas também incomoda a tantos escritores: a internet.
O surgimento da internet promoveu uma asfixiante proliferação de novos escritos e de novas assinaturas literárias, que vieram agitar o cenário antes introspectivo e discreto da literatura. Os textos reunidos em “Faces” (o nome já sugere isso) foram escritos, originalmente, para o Facebook, durante os anos de 2009 e 2010. Trata-se, como diz Livia, de “uma literatura no estilo Web 2.0”. Ideia que, por certo, arrepiará os escritores mais clássicos.
São textos curtíssimos — comprimidos no limite cruel de 420 caracteres que a rede impõe. Exercícios de concisão, eles espremem as palavras até lhes arrancar algumas gotas da alma. Lembram os minicontos, hoje tão em moda, e também os milenares hai-kais. É do pouco, muito pouco, que Livia tira sua escrita. O que dá razão a uma de suas reflexões. “Escrever, muitas vezes, é um viver”.
A internet empurra a palavra pela garganta da vida. Caracteriza-se por textos escritos no calor da hora e, por isso mesmo, em estado de grande risco. A lentidão, a reflexão, a meditação silenciosa de cada frase — armas preciosas do escritor tradicional — ficam alijadas. É escrever, ou escrever, agora e já, exatamente como vivemos.
A parte mais preciosa de “Faces” se destina a uma reflexão seca, mas cortante, a respeito da própria literatura. Há, nesse sentido, uma ideia chave: “A função da literatura não é persuadir, mas provocar”. Os posts que Livia agora transporta para um livro disparam delicados choques em seu leitor. São como relâmpagos, breves, mas contundentes, que nos conectam a pensamentos encapsulados em ríspidas linhas. À distância, assemelham-se a uma luz que morre. Mas é dos pequenos acontecimentos que Livia arranca o sangue do mundo.
“Se é literatura”, diz Livia — e é literatura sim —, “é subversiva”. Acredita a escritora que a prosa é, além de ato, e não ofício, uma experiência mundana. É no contato bruto com o mundo, sem nenhuma pretensão de se tornar espelho, ou lei, que ela se fertiliza e se qualifica. “Faces” prova, aos que ainda duvidam, que a literatura está muito além dos meios que a veiculam — livros, blogs, ou o que seja. A web não matou a literatura. O livro digital não a matará. Diz Livia, com firmeza: “O lugar da literatura está além do lugar do escritor”. Não importa se ele trabalha em uma biblioteca, ou em uma lan house: importa que escreva, e que sustente sua escrita.
Em pleno século XXI, são muitas as ilusões que ainda cultivamos a respeito da palavra. Uma das mais graves: a de que o homem a inventou. Afirma Livia: “A linguagem não surgiu no homem; o homem surge com a linguagem”. Escreve-se, ela nos diz, de um lugar desconhecido e para desconhecidos. Não interessa saber se o escritor trabalha no Facebook, ou em uma enciclopédia; interessa saber se a palavra continua a ser subversiva, isto é, se ainda pode deslocar nossas certezas e divisar novos horizontes. Se for só repetição, ela pode até abrigar-se em capa dura e papel-bíblia, mas literatura não será.
Até porque a literatura, a rigor, não está nos livros, ou nas páginas da web, mas ocupa um lugar imaginário entre eles e o leitor. Recordo aqui de Vilém Flusser, o filósofo tcheco-brasileiro, que estou sempre a ler. Dizia Flusser que a literatura não está no texto, tampouco no leitor, mas no entrecruzamento entre eles. Para usar a imagem de um bordado: o texto seria a trama, isto é, o conjunto de fios passados no sentido transversal do tear, entre os fios da urdidura. Já a urdidura — conjunto de fios dispostos no tear paralelamente a seu comprimento, e por entre os quais passam os fios da trama — seria o leitor. Se você puxa o fio da trama, ela se desfaz, e literatura já não há. Mas se repuxa o fio da urdidura e arranca de cena o leitor, literatura não há também.
Em consequência, pouco importa saber se o escritor trabalha em um caderno, ou em uma tela de computador. Se está sozinho, ou online. Pouco importa, ainda, saber onde está o leitor, ou mesmo quem ele é. “Há tantos sentidos para um texto quanto forem as pessoas que o lerem”, diz Livia. “É a isso que se chama riqueza literária”. Talvez se possa dizer de modo ainda mais frontal: a isso se chama literatura.
“Faces” é, por isso mesmo, um exercício de deslocamento. Consagrada com livros como “Milamor”, de 2009, e “O sonho de Matilde”, de 2010, Livia Garcia-Roza sabe que a experiência no Facebook não coloca sua literatura em risco. Até porque literatura sem risco literatura não é. A troca do suporte não afeta um texto, que é sempre indiferente à matéria. A relação da escrita com o mundo não é de obrigação, ou de dívida: é de provocação. Resume Livia: “Escrever é rondar-se”.
“Faces” reúne também minitextos dedicados às crianças, à família, ao cotidiano e à psicanálise. E ainda algumas “pensatas” — em que a escritora prolonga suas reflexões a respeito da escrita. “A frase não traz com ela o sentido. O sentido é dado por quem escuta”, diz. E mais: “Sem escutar, não há palavra”. Destaca Livia, aqui, o papel do silêncio — esse grande deserto que nos obriga a procurar pelo outro. Ela mesma afirma: “A palavra não esgota a significação; há sempre o silêncio que contém a verdade”.
Mas, após o silêncio, surge sempre o momento do retorno ao dizer. Na seção “psicanálise”, Livia nos traz um brevíssimo relato que aponta seu caráter escorregadio, mas, por isso mesmo, perturbador. Deitada no divã em pose provocante, uma atriz pergunta a seu psicanalista: “O senhor já me viu representar?” Com duas palavras cortantes, o analista inverte a pergunta e não a poupa: “Fora daqui?” A palavra está sempre fora do lugar e, o mais assustador, está sempre fora da própria palavra. É nesse exílio que o escritor deve se acostumar a viver.
Email: josegcastello@gmail.com. Leia mais textos do colunista em www.oglobo.com.br/blogs/literatura
terça-feira, setembro 13, 2011
O SILÊNCIO DA CHUVA - LUIZ ALFREDO GARCIA-ROZA
No centro do Rio de Janeiro um executivo é encontrado morto com um tiro, sentado ao volante de seu carro. Além do tiro, único e definitivo, não há outros sinais de violência. É um morto de indiscutível compostura. Mas isso não ajuda: ninguém viu nada, ninguém ouviu nada.O policial encarregado do caso, inspetor Espinosa, costuma refletir sobre a vida (e a morte) olhando o mar sentado em um banco da praça Mauá. No momento tem muito sobre o que refletir. De um lado, um morto surgido num edifício-garagem; de outro, a incessante multiplicação de protagonistas do drama. Tudo se complica quando ocorre outro assassinato e pessoas começam a sumir.
Estou lendo e adorando! Fiquei sabendo que o Daniel Filho comprou os direitos autorais para realizar um filme.Oba! Espero que seja tão bom (ou quase) quanto o livro.
Prêmio Jabuti 1997 de Melhor Romance
Prêmio Nestlé de Literatura 1997
quinta-feira, agosto 11, 2011
segunda-feira, agosto 08, 2011
A MÁQUINA DE FAZER ESPANHÓIS (valter hugo mãe)
"Este livro narra a história de António Jorge da Silva, um barbeiro que acaba de completar 84 anos, e depois de perder a mulher, é entregue a um asilo. Sozinho, mas sem sucumbir ao pessimismo, num mundo cuja metafísica parece ter sido subtraída, Silva se vê obrigado a investigar novas formas de conduzir sua vida. Ele que viveu sob o peso de Salazar, nos tempos em que as ditaduras regiam tudo, coloca o passado e suas ações em perspectiva, não sem notar que o pessimismo sobre o papel do país no mundo exacerbou-se ainda mais. Portugal se transformou numa máquina geradora de sentimento de inferioridade, uma máquina especializada em produzir entre os nascidos no país a vontade de deixá-lo."
LEITURA ATUAL: PANTALEÃO E AS VISITADORAS ( MARIO VARGAS LLOSA)
"'Pantaleão e as visitadoras' conta a história de Pantaleão Pantoja, um capitão recém-promovido do exército, que recebe uma missão inesperada - criar um serviço de prostitutas para as Forças Armadas do Peru isoladas na selva amazônica, dentro do mais absoluto sigilo militar. O capitão tem que se mudar para Iquitos, se manter afastado dos demais militares, usar trajes civis e, acima de tudo, não contar nada à mãe e à mulher. É obrigado a trabalhar nas madrugadas, bebendo em bares infectos, e cuidar do empreendimento com personagens insólitos. Em pouco tempo o que era uma missão discreta se transforma no maior empreendimento de prostitutas do país, virando do avesso à vida de Iquitos e do próprio Pantaleão, que, como se não bastassem os problemas familiares, se verá envolvido com uma bela e insinuante visitadora."
quarta-feira, julho 13, 2011
domingo, maio 22, 2011
AVE MARIA DE EUFRÁSIA TEIXEIRA LEITE (FICÇÃO)
"Ave Maria cheia de graça, meus lábios ainda têm o gosto do beijo, o senhor é convosco, minhas mãos ainda têm o cheiro de corpo, Bendita sois entre as mulheres, porque é este mundo de dores, e bendito, o mesmo mundo dos prazeres, é o fruto do vosso ventre,o mesmo da compaixão, Jesus. É porque amo que estou mais perto de ti, Santa Maria mãe de Deus, e amo com os sentimentos, porque me deste coração, amo com a alma, porque me deste espírito, e, rogai por nós, amo com o corpo, porque me deste carne. Neste mundo não há, pecadores, se são os seios que enrigecem os mesmos que amamentam. Agora, se é o ventre que se entrega o mesmo que pare, na hora da maior vida, e, o mesmo que seca, na hora da nossa morte. Amém.
Eufrásia rezava."
Oração feita por Eufrásia Teixeira Leite, após sua primeira noite de amor com Joaquim Nabuco, sem serem casados.
OS MUNDOS DE EUFRÁSIA - CLAUDIA LAGE
Eufrásia rezava."
Oração feita por Eufrásia Teixeira Leite, após sua primeira noite de amor com Joaquim Nabuco, sem serem casados.
OS MUNDOS DE EUFRÁSIA - CLAUDIA LAGE
O NOME DA ROSA
Ontem, assisti novamente O NOME DA ROSA e em determinada cena, um frei franciscano disse que o diabo precisa existir para que as pessoas acreditem e se apeguem a Deus. Mesmo contextualizando a frase, situando-a na Idade Média, fiquei pensativa... Não quero me aproximar de Deus por medo, mas por amor e vontade. Não dá pra dizer que isso só acontecia naquela época. Até hoje, algumas religiões prendem seus fiéis com base na mesma premissa. Ou seja, se você não frequentar a igreja e não cumprir os ensinamentos bíblicos - que na minha opinião são questionáveis - algo de ruim poderá lhe acontecer. Definitivamente, isso não é o que eu quero. Busco um Deus diferente.
quarta-feira, maio 18, 2011
PRÓXIMA LEITURA: O ANIMAL AGONIZANTE (PHILIP ROTH)
"Philip Roth apresenta uma novela protagonizada pelo personagem surgido em 1973, na novela 'O seio', e retomado em 1977 no romance 'O professor de desejo'. 'O animal agonizante' é a história de David Kepesh, professor aposentado que faz sucesso com um programa cultural na televisão e que todos os anos oferece um curso livre na universidade, em que sempre conquista namoradas com um terço de sua idade. Seu discurso - dirigido a um interlocutor que só no final se manifesta - é uma afirmação de seu sentimento de liberdade e de seu horror a todo vínculo emocional. Mas o egoísmo calculista de Kepesh não resiste à paixão que o domina quando conhece Consuela Castillo, jovem de vinte e quatro anos, filha de uma rica família de imigrantes cubanos, cuja beleza excepcional faz com que sinta bem mais do que atração sexual. Depois de um ano e meio de relacionamento os dois se separam, mas Kepesh continua obcecado. Anos mais tarde, Consuela o procura para lhe fazer uma revelação trágica. Kepesh se vê então dividido entre os imperativos da razão, que não permitem que se envolva, e a força da paixão que o impele a assumir uma relação mais séria com uma mulher. A força do texto está no contraste entre as racionalizações rígidas de um homem autocentrado e o poder da paixão que irrompe, imprevisível, destruindo suas certezas."
Recomendado pelo inesquecível professor LUÍS FERNANDO MEDEIROS (LITERATURA CONTEMPORÂNEA)
O PERSEGUIDO - LUIZ ALFREDO GACIA-ROZA
"O psiquiatra de um hospital universitário sente-se perseguido por um jovem paciente. O sentimento de perseguição aumenta a cada dia e passa a ser vivido por outras pessoas ligadas ao médico. Misteriosamente, o paciente desaparece e, depois de alguns meses, é dado como morto.
A essa morte seguem-se outras, sem que se possa determinar quem está sendo perseguido e quem é o perseguidor. Tampouco é possível concluir com clareza se as pessoas morreram de morte natural ou se foram assassinadas.
Em meio a essa trama, o delegado Espinosa tenta separar o que é real do que é fantasia, tendo como guia apenas a convicção de que a morte não é um delírio."
Recomendo O PERSEGUIDO, indicado para os alunos do 9º ano do Centro Educacional de Niterói, pois passei uma madrugada em claro terminando a instigante leitura, cheia de mistério e suspense. Adorei!!!
PRÊMIO JUSTO
"O escritor americano Philip Roth, conhecido por romances como "O complexo de Portnoy" e pela "Trilogia americana", ganhou o quarto prêmio Man Booker International. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18), na Austrália.
Roth concorria com outros importantes escritores, entre eles, o espanhol Juan Goytisolo, o libanês Amin Maalouf, a italiana Dácia Maraini, as americanas Anne Tyler e Marilynne Robinson, os chineses Su Tong e Wang Anyi, o canadense Rohinton Misty e os britânicos John le Carré, James Kelman e Philip Pullman.
O anúncio do prêmio bienal, no valor de 68,4 mil euros (US$ 97.469), foi durante entrevista coletiva realizada na ópera de Sydney. Entre os autores agraciados com o prêmio figuram o albanês Ismail Kadaré (2005), o nigeriano Chinua Achebe (2007) e o canadense Alice Munro (2009).
"Durante mais de 50 anos, os livros de Philip Roth, de raízes judaicas, estimularam, provocaram e divertiram milhares de pessoas", comentou o presidente do júri, Rick Gekoski. "Sua imaginação não só transformou nossa ideia sobre a identidade judaica, mas reanimou o gênero da ficção e não só a ficção americana."
"Sua carreira é impressionante pelo fato de ter começado em alto nível e não deixou de melhorar. Com 50, 60 anos, quando a maioria dos romancistas começa a declinar, escreveu uma série de romances da máxima qualidade", disse Gekoski.
"Sua obra mais recente, 'Nemesis' [2010], é tão leve, memorável e viva como as anteriores."
O próprio Roth, citado pela organização no comunicado, assinalou que "um dos prazeres especiais" que sentiu como escritor é o de saber que sua obra foi lida no mundo inteiro. Ele é autor de obras tão conhecidas e traduzidas como "O complexo de Portnoy" (1969), a primeira que ganhou fama, "Operação Shylock" (1993), e "O animal moribundo" (2001).
Também é conhecido por sua trilogia na qual disseca a sociedade americana do século 20: "A pastoral americana" (1997), "Casei com um comunista" (1998) e "A mancha humana" (2000).
Muitas de suas obras refletem os problemas de assimilação e identidade dos judeus norte-americanos, o que o vincula a outros autores de seu país como o prêmio Nobel Saul Bellow e Bernard Malamud.
O personagem que aparece com maior frequência em seus romances é o escritor Nathan Zuckermann através do qual Roth explora os aspectos tragicômicos da assimilação judaica nos EUA, pelo qual recebeu críticas por alguns considerarem esse personagem de ficção seu alter ego."
(http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/livros/escritor+philip+roth+vence+premio+man+booker+international/n1596961995494.html)
segunda-feira, março 28, 2011
A ÚLTIMA PALAVRA - MINHA LEITURA ATUAL
"Um casal de escritores, um relacionamento dilacerado e a narrativa intensa do psicanalista Carlos Eduardo Leal compõem o romance A última palavra. Em meio à incompreensão e à angústia, os dois personagens deste livro, Ele e Ela, revelam de maneira densa suas vidas de amor, desamor, desilusão, ciúme, indiferença e todo tipo de sentimento contraditório através da perturbadora busca da palavra exata para sintetizar sentimentos tão complexos. Ora sob o ponto de vista dele, ora sob o dela, os textos escritos em primeira pessoa mostram ao leitor 32 versões das experiências vividas em comum e daquilo que não é dito ao outro no cotidiano a dois. Um romance pungente, que mescla dor e riso como em qualquer relacionamento, até a última palavra."
A CRIATURA (LAURA BERGALLO) - LEITURA RECENTE
"Eugênio Klaus adora games. Ele é tão inteligente que trabalha para uma das maiores empresas de informática do país. Só que virou um cara tão ocupado que mal tem tempo para outras coisas. Ele desconta toda a sua raiva no Loser, um jogador virtual que ele mesmo criou. Só que o garoto não perde por esperar. Não é que o Loser cria vida e convida Eugênio para um combate no mundo virtual? Agora é pegar o controle e ver quem passa de fase."
quinta-feira, março 17, 2011
TECENDO UM LEITOR: UMA REDE DE FIOS CRUZADOS
"O ato de ler não corresponde unicamente ao entendimento do mundo do texto, seja ele escrito ou não. A leitura exige mobilizar o universo de conhecimento do outro – o leitor – e dar sentido à vida neste mundo, que é o lugar onde esse leitor realmente está.Para que ler? Para fazer provas? Para passar no exame de admissão da universidade? Para ser aprovado em concurso público? Ler para viver. Ler a vida. Ler para ampliar as perspectivas, para associar ideias, para reinventar o mundo a partir da condição pessoal. De nada serve “passar de ano”, obter um certificado, se não houver uma troca qualitativa na vida. Se o professor, os pais, o bibliotecário, o mediador inicial, enfim, deixarem escapar a oportunidade de apresentar o sabor das palavras, o gosto pelo saber vai desaparecendo lentamente até que nos conformamos com um vocabulário medíocre, lemos somente o que já foi lido, ficamos como cegos diante da luz".
Eliana Yunes
Eliana Yunes
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
LEITURA ATUAL: MUNDOS DE EUFRÁSIA
"O romance revela a real e conturbada história do amor impossível entre o abolicionista Joaquim Nabuco e Eufrásia Teixeira Leite, uma mulher muito à frente de seu tempo. De forma atípica para os padrões da época, Eufrásia foi criada pelo pai para ser a herdeira e gestora de sua imensa fortuna. Com a morte dele, ela assume os negócios e surpreende a todos com um notável talento para administrar e multiplicar seu patrimônio e ainda garantir sua emancipação econômica em pleno Brasil Imperial. Mas a promessa de que nunca iria se casar - feita ao pai no leito de morte e sempre lembrada pela irmã, com quem teve uma relação de amor e ódio durante toda a vida - tem um preço alto, condenando seu romance com o rebelde Joaquim Nabuco".
Antes de nascer o mundo (Mia Couto)
"A felicidade é uma questão de pontaria"
"O mundo termina quando já não somos capazes de o amar"
"A loucura nem sempre é uma doença. Por vezes, é um ato de coragem."
"A vida não foi feita para ser pouca e breve. E o mundo não foi feito para ter medida."
"Tive as minhas mortes, felizmente, todas elas passageiras."
"Queres conhecer um homem, espreita-lhe as cicatrizes"
"Homem é bicho morredouro, que adora a Vida, mas gosta mais ainda de não deixar viver."
"Ninguém deve se aproximar de um homem que faz de conta que não chora."
"O mundo termina quando já não somos capazes de o amar"
"A loucura nem sempre é uma doença. Por vezes, é um ato de coragem."
"A vida não foi feita para ser pouca e breve. E o mundo não foi feito para ter medida."
"Tive as minhas mortes, felizmente, todas elas passageiras."
"Queres conhecer um homem, espreita-lhe as cicatrizes"
"Homem é bicho morredouro, que adora a Vida, mas gosta mais ainda de não deixar viver."
"Ninguém deve se aproximar de um homem que faz de conta que não chora."
Assinar:
Postagens (Atom)