adj. s.m. FARM 1 que ou o que combate os efeitos de uma toxina ou veneno (diz-se de substância, medicamento, soro). s.m. 2 p.ext. o que evita ou corrige (vício, defeito, estado de depressão psicológica, paixão etc.); corretivo, remédio. ETIM lat. antidôtum,i'id.', do gr. antidoton, ou 'id'. Dicionário Houaiss
segunda-feira, dezembro 18, 2006
sexta-feira, dezembro 15, 2006
quarta-feira, dezembro 06, 2006
O SAMBA É MINHA NOBREZA
"A nobreza do samba, já dizia o poeta, impõe-se não somente na riqueza de sua música, mas na elegância dos gestos, dos trajes e da intenção do sambista. A alegoria dos símbolos da nobreza e da aristocracia, que confinavam o negro às senzalas, acabou tendo influência decisiva na gênese do samba. De Sinhô, o “Rei do Samba” na década de 20, ao príncipe Paulinho da Viola, passando pelas Velhas Guardas das escolas-de-samba, a nobreza serve ao mesmo tempo de referência e crítica do sambista à opressão de seus antepassados. Foi inspirado na elegância de mestres do gênero, com quem conviveu durante décadas, de Cartola à Clementina, de Pixinguinha à Dona Ivone Lara, que o produtor Hermínio Bello de Carvalho concebeu o show e o CD duplo O Samba é Minha Nobreza, lançado pela Biscoito Fino. A idéia de Hermínio foi juntar diferentes gerações de sambistas, do octogenário Roberto Silva à atemporal Cristina Buarque, passando pelos representantes da nova guarda carioca do gênero, sob a direção musical – e o violão sete cordas - de Paulão.Sob a expressão “nova guarda” do samba agrupam-se os cantores Pedro Miranda e Pedro Paulo, a cantora e cavaquinista Mariana Bernardes, o violonista Bernardo Dantas, o bandolinista Pedro Aragão, além da participação especial da cantora e compositora Teresa Cristina. Milícia que conta com o reforço de Marcelo Bernardes (flauta), Roberto Marques (trombone), Bernardo Dantas (violão), Pedro Aragão (bandolim), Zé Cruz (chapéu de palha), Trambique e Marcos Esguleba (percussões)."
O CD duplo da Biscoito Fino é tudo de bom, com sambas antigos, de raiz. Vale a pena conferir!
Indicação: ouvir sob o sol, com o céu tinindo de azul e uma tulipa de cerveja bem gelada na mão. Se o tratamento para alegria não der certo, procure o seu terapeuta, mas não interrompa o cd nem a cana, aumente gradativamente a dosagem.
Tudo tem suas compensações....
UM BOM ANO
"Após a morte de seu tio, um homem de negócios visita o vinhedo recebido de herança. Inicialmente ele pensa em vender o lugar, mas as lembranças do local começam a influenciá-lo...
Dirigido por Ridley Scott (Gladiador) e com Russell Crowe, Albert Finney e Freddie Highmore no elenco."
Gostei demais do filme. Saí do cinema com vontade de degustar uns bons vinhos... Vontade de viajar.... Ah, de beijar, beijar e beijar também (isso é importantíssimo!).
A Val tem razão: cinema no meio da semana é o que há!
terça-feira, dezembro 05, 2006
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Karingana ua Karingana = Era uma vez...
Os Fios que as unem...
São mulheres contadoras de histórias. A Silvia é poeta, psicóloga, sanitarista e Mestre em Saúde Pública pela Fiocruz/ENSP; a Claudia é mãe do Iago e do Ariel, também professora e Mestre em Literatura Brasileira pela UFRJ; atualmente as duas cursam a Especialização "Brasil & África: Laços e Diferenças" na UCB; a Alyxandra é professora e Mestre em Literatura pela Unicamp, além de mãe da Vytória Odara. Linhas que as entretecem e que as unem: encanto pelas histórias e o desejo de saber de África.
quinta-feira, novembro 23, 2006
Chico Buarque
Palavra prima
Uma palavra só, a crua palavra
Que quer dizer
Tudo
Anterior ao entendimento, palavra
Palavra viva
Palavra com temperatura, palavra
Que se produz
Muda
Feita de luz mais que de vento, palavra
Palavra dócil
Palavra d'agua pra qualquer moldura
Que se acomoda em baldo, em verso, em mágoa
Qualquer feição de se manter palavra
Palavra minha
Matéria, minha criatura, palavra
Que me conduz
Mudo
E que me escreve desatento, palavra
Talvez à noite
Quase-palavra que um de nós murmura
Que ela mistura as letras que eu invento
Outras pronúncias do prazer, palavra
Palavra boa
Não de fazer literatura, palavra
Mas de habitar
Fundo
O coração do pensamento, palavra
Samba da Mangueira 2007
Wanderlino Arruda
Mensageira do amor,
timoneira da esperança,
testemunha de muitas lutas,
acompanhante de muitos anseios
no maior cadinho de raças,
que a história já viu.
És mistura, eterna mistura
de lusos, celtas, fenícios
gregos e cartagineses.
És cadinho ibero de romanos e suevos ,
alanos e godos, gente brava germana.
Língua mãe de uma pátria universal,
mestiçagem de antigos árabes
luta e trabalho da raça africana,
mescla de sangue da América.
És história de muitas conquistas,
na guerra, na paz,
no desfrute, na tristeza,
na opressão, na liberdade,
acima de tudo, ó Língua Portuguesa,
és o canto maior de uma raça,
de homens e mulheres
que ampliaram fronteiras.
Altaneira na humildade,
és soberana e criativa na formação
de uma nova gente
mesclada raça lusitana.
Comemorando....
quinta-feira, novembro 16, 2006
VOLVER - Almodóvar
"O filme retrata três gerações de mulheres de uma mesma família originária de um vilarejo “manchego”: Raimunda (Penélope Cruz), que tem o marido assassinado por sua filha (Yohana Cobo) após a jovem sofrer uma tentativa de violência sexual; sua irmã Sole (Lola Dueñas), que ganha a vida como cabeleireira; e sua mãe Irene (Carmen Maura), que, depois de anos dada como morta, surge como uma aparição primeiro para Sole e em seguida para Raimunda, com quem tenta se reconciliar por problemas do passado."
Acho que comecei bem, pois no meu primeiro dia de trabalho - na PRM/Niterói - deu tempo até de pegar um cineminha, antes de ir para a faculdade. Beleza!
sábado, novembro 11, 2006
quinta-feira, novembro 09, 2006
10/11/06
Meu sonho é ser imortal, meu amor
Não quero luxo nem lixo
Quero saúde pra gozar no final!"
Rita Lee
LANÇA PERFUME
Lança menina,
Lança todo esse perfume
Desbaratina,
Não dá pra ficar imune!
Ao teu amor que tem cheiro de coisa maluca!
Vem cá meu bem,
Me descola um carinho,
Eu sou neném,
Só sossego com beijinho,
Vê se me dá o prazer de ter prazer comigo!
Me aqueça,
Me vira de ponta-cabeça,
Me faz de gato e sapato,
Me deixa de quatro no ato,
Me enche de amor!
LANÇA, LANÇA PERFUME
Eu me dei de presente o cd da Rita Lee, com a mesma capa e músicas do vinil lançado quando eu tinha a idade da Larissa (entre 7 e 8 anos). Naquele tempo, eu dançava essas músicas na varanda da casa dos meus pais (ex-Barreto Summer's Club) com meu primo Alexandre, e achava que a gente um dia iria se casar... Nossa, faz tanto tempo! E ainda sou tão jovem, tão jovem. Temos todo o tempo do mundo? Acho que sim. Há um longo caminho a percorrer.
Thau, inferno astral!
Estou feliz, aos 36 anos!
terça-feira, novembro 07, 2006
Leonardo Esteves
“Arte é para ser bonita?”, perguntou-me um dia desses, na saída de uma aula de Didática, um aluno de licenciatura em Química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. E sendo eu o único representante das artes naquela sala, não tive como “escapar” da sua curiosidade. “Arte é para ser bonita?”, voltou a perguntar como se eu não tivesse compreendido. “Pois para mim, tem que ser!”, continuou respondendo a si próprio. E mesmo não querendo comprar a briga, me vi na obrigação de responder: Não, não é! Mas eu posso explicar, completei.
De fato, o ideal de beleza é bastante relativo. Para Platão, por exemplo, a beleza é aquilo que confere a característica de belo a algum objeto, assim como a justiça confere a característica do justo. É lógico que a História da Arte viu diversas formas de beleza para a concepção de suas obras. No Egito, por exemplo, quanto mais fiel fosse a representação, melhor. Mas como classificaríamos as obras renascentistas – com sua perfeição cromática, tridimensional e anatômica – diante das pinturas egípcias? Quais são as mais belas? Se entendermos que no Egito as representações seguiam “esquemas” de figuras frontais e sem tridimensionalidade, enquanto no Renascimento os estudos de perscpectiva e anatomia de Leonardo Da Vinci resultaram em obras completamente diferentes, concluiremos que o conceito de “belo” havia mudado.
Mas a Arte não parou no Renascimento. Os movimentos que seguiram usaram mesmas conquistas para enganar nossos olhos e transformar a tela – bidimensional – em uma janela com luz e profundidade. E nós acreditamos em tudo até Monet trazer a tinta para fora do quadro e mostrar que os responsáveis pela formação das imagens eram os nossos próprios olhos. Estava para nascer a pintura moderna.
Hoje a arte é sincera, não engana mais. Nem pode! As técnicas foram dominadas por todos. Marcel Duchamp questionou o sistema de arte com seu mictório batizado de “La Fontaine”, dando origem ao que se entende por “ready-mades”. E como nos tempos antigos, a arte continua falando de coisas que a circundam. Os mitos, crenças e valores foram “revistos” e hoje recaem sobre a fauna de objetos, imagens e informações que nos cercam. A Pop Art é o maior exemplo disso. Ao esculpir donas-de-casa americanas empurrando carrinhos de supermercados repletos de enlatados, e ao multiplicar o rosto de estrelas holliwoodianas em diversas cores, a arte afirmava: esses são os seus novos valores! Foi na sociedade de consumo, inaugurada pelo “american way of life”, que os objetos ganharam novos significados e deixaram de ter importância somente pelo aspecto da sua funcionalidade. Eles passaram a ser sinômimo de status. O apelo das cores, formas, tamanhos – e até do preço – faz com que cada objeto signifique algo além daquilo para o que foi produzido. Uma calça jeans é – além de uma peça do vestuário – sinômimo de juventude, rebeldia, informalidade; assim como uma boneca Barbie que – além de um brinquedo – é um padrão de beleza e estilo de vida defendido pelo próprio slogan publicitário: “é tudo o que você quer ser”.
É nesse sentido que devemos ver a Arte Contemporânea. Restou ao artista usar de uma poética própria que envolvesse os conhecimentos obtidos na sociedade durante esses séculos, somando esses conceitos numa obra plástica provocadora, não no sentido agressivo da palavra, mas sim, no sentido de que a arte deve proporcionar uma nova leitura do mundo. Portanto, só será possível “ler as entrelinhas” da obra aquele espectador que se permitir relacionar as suas percepções, lembranças, vivências e conhecimentos diante daquele estímulo visual. A obra de arte já não é mais tão direta (coisa que na verdade nunca foi, diga-se de passagem), e só se permite ser contemplada com a participação ativa do espectador. É nele que o significado se fecha. Logicamente, como tudo que se faz no tempo presente, existem trabalhos bons e trabalhos ruins. Além disso, como a multiplicidade do mundo moderno, a Arte Contemporânea tem diversas formas de expressar essas novas poéticas, o que permite que trabalhos tão diferentes se aproximem e se distanciem na medida em que novas proposições são feitas.
E àquela pergunta restou-me explicar que, talvez, meu colega de turma não quisesse dizer “bonita”, mas sim, “agradável”. Poeticamente é bela – respondi – mais no seu significado do que na sua aparência. Estava ali o tempo todo para provocar, mesmo que subjetivamente, causando percepções boas ou ruins. E conseguiu o que queria, finalizei. Portanto, quando estiver diante de uma obra de arte contemporânea procure ver além daquilo que você efetivamente vê. Nesse “jogo” estão envolvidos o material, as proporções, as relações com o espaço e com o espectador, além da própria re-significância daquilo que está sendo inicialmente proposto. Nada está ali por acaso. Dessa forma você pensará duas vezes antes de repetir a frase – Isso é arte? – diante daquela obra (de arte, é claro!).
Leonardo Esteves
Formando do curso de Artes Plásticas (bacharelado e licenciatura) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
terça-feira, outubro 31, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
Caminhando
Vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias
Gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim..."
(Paralamas do Sucesso)
quinta-feira, outubro 26, 2006
26/10/2006 - Aniversário da Rafaela
Há cinco anos eu estava dando à luz essa menina fofa que hoje está enchendo a primeira mãozinha. Ela é independente, geniosa e engraçada. Dorme cheirando os meus cabelos e adora ficar no colo da gente, dando beijos e abraços: carinhosinha demais.
Amo você, Rafaela!
Parabéns pelo seu quinto aniversário e obrigada por me fazer tão feliz!
Mamãe
terça-feira, outubro 24, 2006
segunda-feira, outubro 16, 2006
Madre Tereza de Calcutá deixou uma mensagem que entendo como extraordinária. Dizia ela:
"Muitas vezes, as pessoas são egocêntricas, ilógicas e insensatas. Perdoe-as, assim mesmo. Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de egoísta, interesseiro. Seja gentil, assim mesmo. Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros. Vença, assim mesmo. Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo. Seja honesto, assim mesmo. O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra. Construa, assim mesmo. Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja. Seja feliz, assim mesmo. Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante. Dê o melhor de você, assim mesmo. Veja você que, no final das contas, é entre você e Deus. Nunca foi e será entre você e as outras pessoas. "
sexta-feira, outubro 13, 2006
PARA REFLETIR
Perguntaram ao Dalai Lama: o que mais te surpreende na humanidade? E ele respondeu: “Os homens, porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E porque pensam ansiosamente no futuro e esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro e vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido”.
sexta-feira, outubro 06, 2006
DICA CULTURAL
O colega Paulo Alexandre, o PAF, está criando uma série Infanto-Juvenil de Ficção-Científica para a Ciência Moderna. Passada no futuro, numa cidade isolada de alta tecnologia, aborda temas complexos, que costumam ser evitados na literatura juvenil.
O primeiro mostra como relacionamentos são descartáveis, a decadência programada do sistema de ensino, como os filhos conhecem pouco os pais e aponta para uma questão atual: o povo vota, mas não participa das decisões. O livro é todo ilustrado e tem 8 páginas coloridas.
Quem tiver interesse em adquirir a obra pode mandar um e-mail para paffomiloff@gmail.com
quarta-feira, outubro 04, 2006
Revista Filosofia, nº 03, p.17.
sexta-feira, setembro 29, 2006
MAR DE ANGELA (SONIA ROSA)
Foto: Manuela Pestana
(...)
Foi assim que descobri que nesse mar,
faça sol ou faça chuva,
mora uma pérola
guardada numa Ostra amada por muitos!
Que grande revelação!
Foi o melhor mergulho que fiz dentro do mar que mora
no azul do olhar de Angela!
Mas a minha grande alegria mesmo
é quando vejo essa linda pérola brilhar e encantar
dentro do azul do mar que mora
dentro do olhar de Angela.
Miguel
terça-feira, setembro 12, 2006
CINEMA DE OURO PRETO - MG
CASA DE RUBEM ALVES
"O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer. Para isso eu falo e escrevo: para que eles tenham coragem de nascer. Quero educar os educadores. E isso me dá grande prazer porque não existe coisa mais importante que educar. Pela educação o indivíduo se torna mais apto para viver: aprende a pensar e a resolver os problemas práticos da vida. Pela educação ele se torna mais sensível e mais rico interiormente, o que faz dele uma pessoa mais bonita, mais feliz e mais capaz de conviver com os outros. A maioria dos problemas da sociedade se resolveria se os indivíduos tivessem aprendido a pensar. Por não saber pensar tomamos as decisões políticas que não deveríamos tomar."
(...)
"Imagino que você, que procura minhas crônicas aos domingos, deve estar cansado. Pois este é o quinto domingo em que falo sobre a mesma coisa. Pessoas que falam sempre sobre as mesmas coisas são chatas. Além do que essa insistência em uma coisa só é contrária ao estilo de crônicas. Crônicas, para serem gostosas, devem refletir a imensa variedade da vida.
Um cronista é um fotógrafo. Ele fotografa com palavras. Crônicas são dádivas aos olhos. Ele deseja que os leitores vejam a mesma coisa que ele viu. Se normalmente não sou chato, deve haver alguma razão para essa insistência em fotografar uma mesma coisa. Quem fotografa um mesmo objeto repetidas vezes deve estar apaixonado. Comporta-se como os fotógrafos de modelos, clic, clic, clic, clic, clic...: dezenas, centenas de fotos, cada uma numa pose diferente! Um dos meus pintores favoritos é Monet. Pois ele fez essa coisa insólita: pintou um monte de feno muitas vezes. E o curioso é que ele nem mudou de lugar, não procurou ângulos diferentes. Ficou assentado no seu banquinho, cavalete no mesmo lugar, e foi pintando, pintando. Porque, na verdade, o que ele estava pintando não era o monte de feno, uma coisa banal, de gosto bovino. O que ele estava pintando era a luz. Ele só usou o monte de feno como espelho onde a luz aparecia refletida, não como uma coisa fixa, mas como uma coisa móvel. A série de telas do monte de feno bem que poderia chamar-se "Strip tease da luz": devagar, bem devagar, ela vai se desnudando...
Pois estou fazendo com as minhas crônicas o que Monet fez: ele, diante do monte de feno; eu, diante de uma pequena escola (ESCOLA DA PONTE) por que me apaixonei -- pois ela é a escola com que sempre sonhei sem ter sido capaz de desenhar."
pois imagino que esses hão de ser os poemas mais espirituais.
E farei os poemas do meu corpo
E do que há de mortal.
Pois acredito que eles me trarão
Os poemas da alma e da imortalidade."
E à raça humana eu digo:-Não seja curiosa a respeito de Deus,
pois eu sou curioso sobre todas as coisas
e não sou curioso a respeito de Deus.
Não há palavra capaz de dizer
Quanto eu me sinto em paz
Perante Deus e a morte.
Escuto e vejo Deus em todos os objetos,
Embora de Deus mesmo eu não entenda
Nem um pouquinho...
Ora, quem acha que um milagre alguma coisa demais?
Por mim, de nada sei que não sejam milagres...
Cada momento de luz ou de treva
É para mim um milagre,
Milagre cada polegada cúbica de espaço,
Cada metro quadrado de superfície
Da terra está cheio de milagres
E cada pedaço do seu interior
Está apinhado de milagres.
O mar é para mim um milagre sem fim:
Os peixes nadando, as pedras,
O movimento das ondas,
Os navios que vão com homens dentro
- existirão milagres mais estranhos?"
(Walt Whitmann)
segunda-feira, setembro 11, 2006
Quando se vê, já são seis horas !
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas...
Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo.
A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.
Mário Quintana
sexta-feira, setembro 01, 2006
O TEMPO E O VENTO
"No fio de uma espada/viver valia nada/um certo Capitão Rodrigo/não guardava medo no seu coração."
Adorei ver Ana Terra fiando em sua roca, fazendo partos com aquela tesoura grande, preta - objetos que aparecem em toda a trama - e, em seguida, Bibiana, representando a 4ª geração da família Terra.
"O destino das mulheres da família Terra é fiar e chorar" (Bibiana)
Lembro da minha adolescência, quando lia e relia os volumes de O tempo e o Vento (Erico Verissimo), deitada na rede, em Iguaba.
Está sendo uma delícia poder dividir essas paixões com as minhas filhas. O próximo passo, daqui a alguns anos, será apresentar toda a coleção do Erico às duas. Torço para que a literatura esteja presente no caminho delas, como sempre esteve no meu.
quinta-feira, agosto 31, 2006
MUDANÇAS
Possibilidade de escolha acompanhada pela dúvida. Sim ou não? E a biblioteca? E o projeto de cinema?
Eu disse sim! Perdi o medo do novo (ao menos, por enquanto) e optei: quero trabalhar em Niterói! A menos de 10 min de casa, a alguns metros da faculdade, com a possibilidade de buscar, de vez em quando, as crianças no colégio e até mesmo ir almoçar em casa.
Ainda não sei se vou ser aprovada no concurso de remoção (no Brasil inteiro e nos três ramos do MPU), mas tenho grande chance de conseguir.
Se tudo der certo e eu for trabalhar na PRM-Niterói, talvez no crime (mais novidade para mim),vou ficar muito feliz, e, ao mesmo tempo, com uma grande saudade dos amigos da PR/RJ, dos almoços na Livraria da Travessa e dos chopes na Casa Urich. É, mas pode ser que eu tenha tempo para fazer isso com mais calma, sem estresse.
Casa nova e trabalho novo (se deus quiser) chegando. Acho que esse final de ano me reserva surpresas.... Espero que sejam boas!
terça-feira, agosto 29, 2006
ESCOLA DA PONTE - PORTUGAL
Foi o que eu fiz, instigada pelo que ouvi do Rubem Alves, no Roda-Viva (TV Cultura - DVD - 2000). Vale a pena conferir!
Site da Escola:
Passado
"Era preciso repensar a escola, pô-la em causa. A que existia não funcionava ,os professores precisavam mais de interrogações do que de certezas. Concluímos que só pode haver um projecto quando todos se conhecem entre si e se reconhecem em objectivos comuns.
Apercebemo-nos que um dos maiores óbices ao desenvolvimento de projectos educativos consistia na prática de uma monodocência redutora que remetia os professores para o isolamento de espaços e tempos justapostos, entregues a si próprios e à crença numa especialização generalista.
Percebemos que se há alunos com dificuldades de aprendizagem, também os professores têm dificuldades de ensino.Obrigar cada um a ser um outro-igual-a todos, é negar a possibilidade de existir como pessoa livre e consciente.
A escolinha era do "plano dos centenários", tinha duas salas e cada sala a sua entrada. Grandes males, grandes remédios! Num belo dia, vá de deitar abaixo a parede que as dividia. Limpada a caliça, os putos espreitaram para o outro lado. Lá estavam meninas e meninos iguais aos do lado de cá... O buraco estava aberto e nem pensar em tapá-lo. Veio o trolha a mando da Junta de Freguesia e fez do feio buraco um belo pórtico comum a dois universos que passaram a ser um só. Onde antes estava uma parede que dividia achava-se agora uma passagem que juntava."
Presente
"Na nossa escola todos trabalham com todos. Assim, nem um aluno é aluno de um professor mas sim de todos os professores, nem um professor é professor de alguns alunos, é professor de todos os alunos. Os professores rodam pelos diferentes espaços de tempos a tempos, de modo a que possam trabalhar com todos os alunos. Por outro lado, cada uma das expressões é trabalhada por um grupo de dois professores. Como é lógico tem-se sempre o cuidado de assegurar a continuidade do trabalho que se está a desenvolver, não havendo quebras acentuadas do ambiente de trabalho.
Hoje a nossa Escola assenta na autonomia dos alunos. Apesar de estar inserida no sistema oficial de ensino, tem deparado com muitas barreiras quanto ao reconhecimento das virtualidades de uma aprendizagem alicerçada em valores como a solidariedade e a co-responsabilização dos educandos. Um modelo pedagógico que começa finalmente a servir de inspiração a outras escolas."
domingo, agosto 27, 2006
"Você se sente!"
sexta-feira, agosto 25, 2006
Parabéns!!!
quinta-feira, agosto 24, 2006
Uma pedra no meio do caminho...
STAR TREK - EPISÓDIO 70
Os estágiários não puderam comparecer, em sua totalidade, à biblioteca (em fase de nova arrumação) porque as "chefias" não liberaram no horário marcado para o início das atividades (13h), mas exigiram que estivessem de volta na hora prevista para o final (14h) ...
Resultado: o episódio de 40 min não pôde ser visto na íntegra, nem debatido.
Providências já estão sendo tomadas.
quinta-feira, agosto 17, 2006
AMEAÇOU CHUVA. E A NEGRA
NUVEM PASSOU SEM MAIS...
TODO O MEU SER SE ALEGRA
EM ALEGRIAS IGUAIS.
NUVEM QUE PASSA... CÉU
QUE FICA E NADA DIZ...
VAZIO AZUL SEM VÉU
SOBRE A TERRA FELIZ
E A TERRA É VERDE, VERDE...
PORQUE ENTÃO MINHA VISTA
POR MEUS SONHOS SE PERDE?
DE QUE É QUE MINHA ALMA DISTA?
quinta-feira, agosto 10, 2006
A VIDA
Nosso grupo de voluntários (Chris, Léo, Gabi, Tânia, Márcio, Paf e Fábio) deu início - efetivamente - hoje, ao Projeto Horizontes, junto aos estagiários da FIA - Fundação Infância e Adolescência, com a exibição do curta de animação " A vida - Anima Mundi III".
Foi muito gratificante poder conversar com esses adolescentes (15) - ainda tímidos, sentando nos lugares das fileiras de trás - a fim de explicar os objetivos do projeto e, depois, debatermos sobre o filme. No final, eles conseguiram expressar suas opiniões e oferecer sugestões. Saímos todos felizes e cheios de esperanças, pois a próxima reunião será realizada na nossa biblioteca, adequadamente preparada para recebê-los e com as cadeiras arrumadas em forma de círculo.
Alguns servidores apareceram para dar uma força e isso também foi legal.
Estamos preparando surpresas para os futuros encontros....
segunda-feira, agosto 07, 2006
O tempo não pára
Amanhã: auditoria no Hospital Geral de Bonsucesso, junto aos membros do Ministério Público do Trabalho. Estou entrando no ritmo...